Neste ano você colocou como meta entrar na faculdade de Educação Física com a qual você sempre sonhou. Por isso, mesmo trabalhando o dia todo, à noite você iniciou um cursinho preparatório para o vestibular que pretende fazer, certo? Ou você decidiu estudar por conta própria para fazer o próximo Enem, incluindo horas de dedicação aos estudos aos finais de semana.
Não importa em que fase de preparação para a faculdade de Educação Física você esteja. Nesse momento, é natural que surjam algumas dúvidas, como se haverá trabalho nessa área para quem ainda está na faculdade e onde, após os quatro anos de duração do curso, será possível conseguir uma oportunidade. Além disso, você pode se perguntar também quais são as áreas de atuação hoje para quem faz a faculdade de Educação Física e qual o nível salarial dos profissionais formados. Se você quer saber mais sobre assuntos relacionados a essa área, continue lendo este conteúdo.
Saiba mais sobre o bacharelado e a licenciatura da faculdade de Educação Física
Para começar, será importante definir o seu caminho entre as opções de bacharelado e licenciatura. Essa escolha, por sua vez, vai depender do foco que você quer dar para a sua carreira depois de formado. De acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), o curso de licenciatura da faculdade de Educação Física forma professores que atuarão na educação básica, ou seja, na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio.
Já o curso de bacharelado da faculdade de Educação Física forma profissionais com conhecimento para atuar na manutenção e na promoção da saúde, no treinamento e no ensino esportivo, assim como no condicionamento físico.
Para desempenhar essas funções, os profissionais da área vão atuar para elaborar, executar, avaliar e coordenar projetos e programas de atividades físicas para diferentes grupos. Quem se forma na faculdade de Educação Física em um curso de bacharelado poderá ainda atuar em clubes, academias, hospitais, condomínios e como personal trainer.
Mercado de trabalho para quem se forma na faculdade de Educação Física
O mercado de trabalho do profissional formado em Educação Física é muito amplo. Hoje, com o aumento da procura por qualidade de vida e por um estilo mais saudável para se viver, cada vez mais esse profissional conquista espaços que antes não imaginava.
A maior procura por vagas está mesmo em academias e escolas. Para se ter uma ideia, em uma pesquisa feita pela International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), de 2007 até 2010, o número de academias no Brasil era de pelo menos 15.551, deixando para trás somente os Estados Unidos.
Todavia, o leque de oportunidades é imenso, podendo o profissional atuar em:
- Clínicas esportivas;
- Projetos de recreação, turismo e lazer – hotéis, resorts, pousadas;
- Clubes esportivos – atuam na preparação física de atletas;
- Empresas – com ginástica laboral para os funcionários;
- Hospitais;
- Postos de saúde;
- Centros de referência para pessoas com deficiência;
- Asilos;
- Professor, do ensino básico ao médio.
Porém, somente pode atuar na área de educação física o estudante formado com faculdade reconhecida pelo Ministério de Educação (MEC), como a Estácio, e que tenha o registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF).
Empregos e salários
- Personal trainer: Atua na prescrição de exercícios físicos para indivíduos, com o objetivo de melhorar a saúde e/ou performance física. Pode trabalhar em academias, estúdios de personal training, clubes e até mesmo atender em domicílio. Faixa salarial: R$ 1.500 a R$ 5.000.
- Professor de Educação Física: Atua como professor em escolas, colégios e faculdades, ministrando aulas de Educação Física e/ou esportes. Pode trabalhar em escolas públicas e privadas, além de instituições de ensino superior. Faixa salarial: R$ 1.500 a R$ 4.000.
- Treinador esportivo: Atua na preparação física e técnica de atletas e equipes esportivas. Pode trabalhar em clubes, escolas e em federações esportivas. Faixa salarial: R$ 2.000 a R$ 6.000.
- Coordenador de atividades físicas: Responsável por planejar e coordenar atividades físicas e esportivas em academias, clubes, condomínios, hotéis e empresas. Faixa salarial: R$ 2.500 a R$ 7.000.
- Gestor de academias: Responsável por gerenciar academias, cuidando de aspectos administrativos, financeiros, de recursos humanos, de marketing, entre outros. Faixa salarial: R$ 3.000 a R$ 8.000.
- Consultor em qualidade de vida: Atua na promoção da saúde e qualidade de vida de pessoas e empresas, realizando avaliações físicas, prescrição de exercícios físicos, orientação nutricional, entre outros. Pode trabalhar em consultorias de qualidade de vida, empresas de plano de saúde e até mesmo em clínicas médicas. Faixa salarial: R$ 2.500 a R$ 6.000.
- Instrutor de atividades físicas em hotéis e resorts: Atua na coordenação e animação de atividades físicas e recreativas em hotéis e resorts, visando promover o entretenimento e bem-estar dos hóspedes. Faixa salarial: R$ 1.500 a R$ 4.000.
- Personal coach: Atua na orientação e motivação de indivíduos que desejam melhorar a saúde e qualidade de vida, por meio de atividades físicas e mudanças no estilo de vida. Pode trabalhar de forma autônoma, atendendo em domicílio ou em consultórios de personal coaching. Faixa salarial: R$ 2.000 a R$ 5.000.
Vale lembrar que os valores salariais são estimativas e podem variar de acordo com a região, tempo de experiência e especialização do profissional.
Locais de atuação do profissional de educação física
Como educação física é uma disciplina obrigatória nos ensinos fundamental e médio, há uma grande procura no mercado de trabalho por professores dessa área. Além desse mercado, outro setor promissor para esse profissional é o das academias de ginástica. Esses locais precisam dos profissionais de educação física para acompanhar e orientar as pessoas durante os exercícios físicos.
Segundo o site Guia da Carreira, a Região Sul e a Região Sudeste são as que oferecem o maior número de vagas para quem se formou na faculdade de Educação Física nas academias. Já a Região Nordeste é a que mais oferece oportunidades para o profissional de educação física no segmento do entretenimento e do turismo.
Nas academias, o profissional de educação física pode optar por se especializar na área aquática, de musculação, no desenvolvimento motor ou na ginástica. Ou pode, ainda, atuar como personal trainer.
Vale lembrar que o estágio é obrigatório na faculdade de Educação Física e que ele pode ser feito a partir da segunda metade do curso de graduação. A bolsa-auxílio para o estagiário pode variar, mas a média é de R$ 817. Atualmente, a Estácio oferece mais de 19 vagas de estágio para o bacharelado de Educação Física.
Como está o salário para quem se formou na faculdade de Educação Física?
Assim como acontece com a maior parte das profissões, o salário de um professor de educação física varia de acordo com diversos fatores, como região do País, experiência profissional, idade, campo de atuação e especialidade. Por isso, os conselhos federal, regional e estadual dessa área e os sindicatos da categoria servem como uma boa fonte de informação para que você descubra os salários iniciais da profissão.
Por exemplo, um professor de educação física do ensino infantil em escola privada com jornada de 44 horas semanais recebe, em média, R$ 1.873,98. Já professores de instituições não escolares, como clubes recreativos, recebem pelo menos o piso salarial de R$ 2.365,00 para 220 horas mensais (em clubes com mais de 30 empregados em São Paulo e na região metropolitana). Esses dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores de Educação Física do Estado de São Paulo (Sinpefesp).
O salário de um personal trainer varia bastante também. Segundo o site de classificados de empregos Catho, a média salarial nacional para um personal trainer é de R$ 1.780. Alguns profissionais também cobram por aula, ou seja, não têm um salário fixo. O valor para quem atua dessa forma depende da região, da experiência profissional e do poder aquisitivo do público atendido, podendo variar entre R$ 50 e mais de R$ 200 a hora.
Uma pesquisa sobre os salários da categoria apoiada pela Sociedade Brasileira do Personal Trainer (SBPT) indica que o salário médio do personal trainer no Brasil é de R$ 2.500. Já um preparador físico ganha, em média, R$ 2.037.
Conforme os anos, após formado, considerando a dedicação e o tempo no mercado de trabalho, um bom profissional de educação física pode ter um salário mensal que varia de R$ 2,5 mil a R$ 8 mil.
Futuro
O mercado de trabalho da Educação Física é influenciado pelas tendências sociais, econômicas e tecnológicas. Algumas das tendências para o futuro desse mercado incluem:
- Digitalização: a Educação Física tem se adaptado cada vez mais às tecnologias digitais, como aplicativos, jogos e plataformas de treinamento online. Isso abre novas oportunidades de trabalho para profissionais que têm habilidades digitais e conhecimento em tecnologia.
- Envelhecimento da população: à medida que a população envelhece, há uma maior demanda por programas de atividade física para idosos, como programas de exercícios para melhorar a mobilidade e a saúde cardiovascular. Isso pode levar a mais oportunidades de trabalho em academias e centros de atividade física.
- Promoção da saúde: a prevenção de doenças crônicas, como obesidade e diabetes, é uma das principais preocupações de saúde em todo o mundo. Os profissionais de Educação Física podem desempenhar um papel importante na promoção da saúde e no combate às doenças crônicas, o que pode levar a mais oportunidades de trabalho em programas de prevenção e gestão de doenças.
- Esportes eletrônicos: com o crescente interesse em esportes eletrônicos, os profissionais de Educação Física podem desempenhar um papel importante na promoção de hábitos saudáveis entre jogadores, incluindo a importância de manter-se fisicamente ativo.
- Bem-estar mental: o bem-estar mental é uma preocupação crescente em todo o mundo e a atividade física pode desempenhar um papel importante na promoção da saúde mental. Como resultado, pode haver mais oportunidades de trabalho para profissionais de Educação Física em programas de saúde mental e bem-estar.
- Inclusão: a inclusão é uma tendência crescente em todas as áreas, incluindo a Educação Física. Há uma demanda crescente por profissionais de Educação Física que possam trabalhar com pessoas com deficiência, idosos e outras populações vulneráveis, criando novas oportunidades de trabalho.
- Home office: a pandemia da COVID-19 levou a uma crescente demanda por programas de exercícios em casa e treinamento online. Os profissionais de Educação Física podem adaptar seus serviços para oferecer aulas online e treinamento personalizado em casa, o que pode levar a novas oportunidades de trabalho em plataformas digitais.
Em resumo, o mercado de trabalho da Educação Física está se adaptando às tendências sociais, tecnológicas e econômicas do mundo atual, abrindo novas oportunidades de trabalho para profissionais qualificados e atualizados.
Ficou interessado em fazer a faculdade de Educação Física? Então confira mais informações sobre essa formação da Estácio. Aproveite também para conferir outros conteúdos no nosso blog sobre ensino superior, carreira e dicas para ter sucesso na sua profissão. Até o próximo conteúdo!