Estamos atravessando uma fase de mudanças profundas na produção daquilo que consumimos. Essa fase já é considerada a Quarta Revolução Industrial, também conhecida pelo termo Indústria 4.0. Nessa era, máquinas inteligentes conectadas em rede e ligadas à internet modificam a estrutura das fábricas e de todas as organizações em torno delas. Essa nova dinâmica tem o objetivo de agregar mais valor aos produtos.

A Indústria 4.0 já está sendo o motor de uma grande transformação no mercado de trabalho, alterando o perfil dos empregos e fazendo, inclusive, surgirem novas carreiras. Um levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), divulgado em julho de 2018, aponta 30 novas profissões que passarão a existir a partir dos novos padrões, produtos, formas de produção e comercialização relacionados à Indústria 4.0. Com tantas mudanças em curso, é possível perceber algumas áreas que estão se tornando mais valorizadas, assim como profissões já existentes. É delas que vamos falar neste texto.

Mas, afinal, o que é essa tal de Indústria 4.0?

Em resumo, a Indústria 4.0 representa as “fábricas do futuro”. Nelas, o controle da produção é feito por robôs e existe uma interferência bem menor do ser humano nos processos produtivos. Para que isso aconteça, as máquinas industriais devem ser dotadas de muitos sensores. Esses dispositivos conectam diretamente umas máquinas às outras e permitem que elas “conversem” entre si do início ao fim do processo produtivo.

Essa revolução depende de algumas tecnologias inovadoras e que cresceram nos últimos anos. Entre outras, podemos destacar a Internet das Coisas, conhecida pela sigla IoT (sensoriamento das máquinas), o Big Data (que é o uso de grande volume de dados para embasar tomadas de decisão) e a Inteligência Artificial (que permite que os equipamentos aprendam e tomem decisões a partir de contextos predeterminados).

Como operam as fábricas da Indústria 4.0?

Diversas atividades que podem ser identificadas nas operações das fábricas do futuro têm por trás uma infraestrutura que permite a conexão e a interatividade entre as máquinas.

Para que isso seja possível, inicialmente é necessário que sejam instalados sensores por toda a fábrica para que seja feito o monitoramento da produção a distância. Com esse monitoramento, muitas vezes, não há necessidade de a produção ter uma presença humana.

Em segundo lugar, com a Indústria 4.0, as máquinas são conectadas entre si via internet. Isso faz com que elas recebam em tempo real informações sobre ciclo de trabalho e captem novos dados instantaneamente, melhorando o processo produtivo.

Um terceiro ponto é a possibilidade de produção conforme a demanda. Segundo esse modelo, as informações em tempo real permitem mudar as tarefas das máquinas com muito mais flexibilidade nas operações. Todas essas mudanças já estão afetando não apenas a fabricação de produtos, mas, também, os modelos de negócio e os empregos. Por isso as pessoas precisam, o quanto antes, se adaptar a essa nova realidade.

O papel das pessoas que desejam atuar na Indústria 4.0

Na Indústria 4.0, como você deve estar imaginando após ler este texto até aqui, a participação das pessoas está voltada para a supervisão dos trabalhos. Isso acontece porque a produção em si é toda processada pelas máquinas. Estar preparado para essa transição, que já começou, significa observar as áreas de conhecimento que estão em ascensão e se preparar e/ou atualizar continuamente através delas.

As profissões que se manterão no futuro juntamente com a Indústria 4.0 são aquelas que geram um tipo de valor que as máquinas ainda não conseguiram replicar. Nesse sentido, podem ser ressaltadas as habilidades de criar, extrair conhecimentos abstratos a partir de experiências particulares, planejar, corrigir rumos, calcular, entre outras que serão cada vez mais necessárias ao trabalhador do século 21.

Cursos de graduação que se destacam nesse novo cenário

Entre os cursos que continuarão sendo relevantes neste século, os mais relevantes aparecem no relatório “The Future of Jobs”, ou “O futuro do trabalho”, apresentado no Fórum Econômico Mundial de 2016, em Davos, na Suíça.

De acordo com esse relatório, a Matemática e as Engenharias são as profissões mais cotadas no cenário da Indústria 4.0. Isso vale também para as suas diversas segmentações, como Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia de Petróleo, Engenharia Química, Engenharia da Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Telecomunicações, entre outras.

As disciplinas tradicionais serão renovadas de acordo com a realidade. Isso acontecerá com a transformação que passa por cursos como Ciências da Computação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Sistemas da Informação, Sistemas para Internet e Redes de Computadores.

Os avanços necessários nas áreas de Gestão e Planejamento vão passar por novas grades curriculares para as especialidades oferecidas pelos cursos de Logística, Design, Gestão de Tecnologia da Informação, Gestão Comercial e Gestão de Qualidade.

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