Se manter a saúde mental dos estudantes em épocas “normais” já era difícil, imagina agora em tempos de isolamento social por conta da pandemia? O novo coronavírus trouxe diversas mudanças na nossa vida, sendo que uma das principais foi o fechamento das escolas e universidades, obrigando estudantes a se adaptarem a uma nova realidade de aulas virtuais e estudos em casa.
Muito mais que a procrastinação, os estudantes precisam lidar com dificuldades como conexão de internet, espaço de estudo, relacionamento familiar, entre outras. Tudo isso influi diretamente nos estudos.
E como fica a saúde mental dessas pessoas? Como essas mudanças impactaram sobre suas emoções? É sobre isso que vamos falar nesse post. Vamos também trazer algumas orientações para enfrentar esse momento difícil e obter melhores resultados na faculdade.
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Saúde mental: por que ela é importante
Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde é muito mais abrangente que somente não estar doente, sendo um completo estado de bem-estar físico, mental e social.
Dessa forma, deve-se considerar a saúde mental como parte fundamental para a saúde como um todo. Sem ela, não é possível exercer as demais atividades do cotidiano.
Por conta disso, precisamos sempre investir na nossa saúde mental, ainda mais levando em consideração a época em que estamos vivendo, onde estamos sendo privados do nosso direito de ir e vir por um bem maior.
Para os estudantes universitários, essa pressão pode ser ainda maior. Porque, além do isolamento, ainda precisam dar conta dos estudos de uma maneira diferente da que estavam acostumados, onde muitos não conseguiram se adaptar.
Ainda assim, existe o fato de que os jovens tem diversas dificuldades em lidar com a própria saúde mental, muitas vezes não dando a importância necessária.
Saúde mental dos estudantes universitários
A universidade em si já é um momento de muitas transformações. É como se fosse um rito de passagem entre a adolescência e o mundo adulto.
Além disso, a pressão que a sociedade e os pais fazem, as disciplinas que são bem mais complexas que na época do Ensino Médio, os professores que cobram muito mais, são apenas algumas das razões que podem fazer os universitários se sentirem mais abalados.
Segundo uma pesquisa, feita pela psicóloga Karen Graner com discentes de cursos da área da saúde, 30% dos estudantes brasileiros e 49,1% dos estudantes do mundo todo sofrem de problemas de saúde mental.
Ainda, em 2016, a “Pesquisa Censo e Opinião Discente” na Universidade Federal do ABC (UFABC) apontou que as questões psicológicas foram o motivo de 17,92% dos trancamentos de matrículas durante o ano.
Essa fase é de muitas decisões a serem tomadas e que vão impactar todo o futuro do estudante. Só isso já é motivo suficiente para se sentir pressionado.
Ou ainda, pessoas mais velhas que voltam a estudar também sofrem a pressão de já ter uma família, um trabalho, filhos, tendo que dar conta de todos esses fatores e ainda terem boas notas na faculdade.
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Saúde mental dos estudantes no EAD
Todos os anos só crescem os números de estudantes matriculados em cursos EAD. Sendo que essa é uma modalidade de estudos que toda a dedicação e responsabilidade fica em cima do aluno, não tendo um professor presente que possa cobrá-lo.
Isso faz com que muitos alunos não tenham maturidade suficiente para lidar com essa situação. Então, alguns acabam desistindo, outros não levam tão a sério e muitos se sentem pressionados e prejudicam sua saúde mental.
Por mais que antes esse assunto não era do interesse das instituições, hoje algumas universidades tem se dedicado a auxiliar alunos com assistência psicológica, já que estão reconhecendo sinais de estresse e ansiedade nos estudantes.
Como perceber se minha saúde mental está abalada
É preciso bastante autoconhecimento para perceber se sua saúde mental está abalada. No entanto, existem alguns sintomas que podem evidenciar esse problema:
- Acordar desmotivado com muita frequência;
- Comportamento incomum;
- Ficar mais introspectivo e recluso;
- Irritabilidade;
- Medo de críticas ou de impor sua opinião;
- Mudanças de apetite;
- Nível alto de estresse;
- Problemas com a memória;
- Sono agitado ou insônia frequente.
Se você tem esses sintomas de vez em quando, é normal, já que essa fase é realmente mais estressante. Entretanto, se você percebe que há realmente uma mudança de comportamento e isso não está fazendo bem para você ou atrapalhando sua rotina, é muito importante buscar ajuda.
Na própria universidade é muito provável que você consiga esse tipo de apoio. E caso você não encontre, cobre do Ministério da Educação que a instituição que você estuda não dá esse tipo de suporte para os estudantes.
Inclusive, em 2017 foi feita uma campanha nas redes sociais por estudantes de todo o Brasil com a hashtag #NãoÉNormal, expondo os desconfortos relacionados à saúde mental que eram taxados como normais.
Principais causas dos problemas de saúde mental dos estudantes
Já mencionamos que a pressão dos pais e da sociedade e a cobrança dos professores e das disciplinas são causas constantes do sentimento de estresse dos estudantes. Seguem mais algumas questões:
- Mercado de trabalho: os estudantes se sentem pressionados a entrarem logo no mercado do trabalho exercendo suas novas profissões, estimulando a competitividade e aumentando o estresse;
- Expectativa com a universidade: muitos estudantes que saem do Ensino Médio não tem nem ideia do que vão encontrar na faculdade e a mudança de rotina e cobranças, além da dificuldade de adaptação;
- Privações do vestibular: principalmente estudantes que entraram em cursos muito concorridos e tiveram um esforço muito grande durante o vestibular, já tiveram sua saúde mental abalada no preparatório para o vestibular;
- Quando o curso não era como esperado: muitos sonham com uma profissão e quando chegam na universidade, se decepcionam com o curso.
Como a pandemia influencia o estresse
Estudantes de Medicina do Centro Universitário Cesmac de Maceió, em Alagoas, apoiados pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – Conep, órgão ligado ao Ministério da Saúde, estão realizando uma pesquisa sobre como a pandemia da Covid-19 tem afetado a saúde mental dos estudantes.
A pesquisa tem como objetivo avaliar os impactos da pandemia sobre estudantes universitários e Maceió para poder traçar estratégias de amparo.
Isso demonstra a preocupação que há com a saúde mental dos estudantes agravada com a pandemia. Uma época que já é cheia de incertezas, se agravou com o cenário atual, já que além das preocupações inerentes à pandemia, a situação dos estudantes mudou com o fluxo diferente das aulas e as interrupções que aconteceram.
Essas mudanças levam os estudantes a questionarem seu futuro acadêmico, profissional e até pessoal. Além do próprio medo de contrair a doença. Tudo isso se torna gatilho para o abalo na saúde mental.
Como promover um ambiente mais saudável?
Primeiramente, é de extrema importância a percepção dessa situação pelas próprias universidades. Criar ambientes seguros para os estudantes é o primeiro passo que as instituições devem tomar.
Dessa forma, promover debates, cursos e assistência é fundamental para que os estudantes possam se sentir acolhidos e que isso contribua com sua saúde mental.
Os estudantes em si podem tomar algumas atitudes para melhorarem sua saúde mental, tais como:
- Relaxar alguns minutos por dia: pode ser meditação, alongamento, ioga, uma caminhada, qualquer coisa que te tire do momento que está causando o estresse;
- Reserve um tempo para as outras pessoas: não se isole, tente manter contato com quem você ama mesmo que seja de forma virtual. Pessoas isoladas e carentes são mais vulneráveis a ter problemas depressivos;
- Se desafie: praticar novos esportes ou aprender atividades novas pode ser um bom desafio para seu corpo e sua mente. Um programa voluntário também pode trazer o gás que você precisa;
- Cuide do sono e da alimentação: dormir e se alimentar mal influencia diretamente no funcionamento da nossa mente;
- Procure ajuda: se você acha que nada disso vai solucionar seu problema, procure ajuda de um profissional.
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E você, como está sua saúde mental? Conta pra gente o que você tem feito para dar conta dos estudos durante a pandemia.
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